
Pelo que me cabe, sou radical até o ponto que precisa ser, sou metido a poeta maldito, alias, Pablo Neruda já dizia que era poeta por maldição e doido varrido. Não me considero poeta, nem de longe, mas admito a maldição de expressar-me em palavras quando sinto a emoção a flor da pele.
Fernando Pessoa já dizia que ser poeta não era uma ambição, era apenas o modo dele estar sozinho. Gosto disso, pois, se é preciso ser só para ser poeta, acredito que sou dentro todos um dos maiores. É no silêncio recatado que eu me refugio e me encontro, mas existe um porém nessa história, e como escrevi certa vez em uma canção: Passo a existir somente pra você.
Sempre que eu me encontro, encontro alguém também. Encontro sempre quem despertou algo em alguma fase da minha vida. Hoje alguém me falou que se, daqui quinze anos eu procurá-la, com certeza acharia um pouco de mim nela também. Às vezes acho isso injusto, não me dou tão fácil assim pra ninguém, mas é inevitável que deixe minhas marcas por onde eu passo.
Acredito que sempre nos encontramos, em gestos, palavras, frases, textos, tempos, tristezas e nas alegrias. Sou apaixonado pelas coisas da vida, por tudo que acontece, pois sou maldito por natureza e poeta de coração.
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