sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

MIlhas e Milhas

Uma das maiores bandas, na minha opinião dos anos 80, sem sombras de dúvidas é o IRA!. Desde a primeira vez que ouvi "Pobre Paulista" no rádio, eu simplesmente pirei. Depois vieram várias e várias canções: "Dias de Luta", "Tarde Vazia", "Gritos na Multidão", "Nucleo Base", "Tolices", "Superficial como um espinho" e tantas outras músicas. Definitivamente o IRA! foi uma das bandas que mais ouvi na minha adolescência. Lembro de vários shows que assisti no Centro Cultural SP, Praça Charles Muller e no vale do Anhangabaú (esse último com direito a socos na hora do refrão de "Dias de Luta"- "Porra, Caralho, cadê meu baseado?).
Mas outras lembranças me atacam quando ouço as músicas da banda, e por incrível que pareça hoje me lembrei das canções "Boneca de Cera" e "Milhas e Milhas". Essas músicas são perfeitas, tanto nas melodias, como nas letras, como na voz de Nazi. Uma vai completando a outra. Enquanto você ouve versos como da canção "Boneca de Cera:

"Você não é mais a mesma
Você mudou pra valer
E um sorriso de seus lábios não terei

Eu sinto um frio
Que vem do seu coração
Mesmo nesse sol de verão
Apenas um suspiro
E um olhar perdido"

Logo você pode obter a resposta do que se pode fazer na canção "Milhas e Milhas":

"As lágrimas que correm no seu rosto agora
Escondem a indiferença que sentias por mim
A vingança não existe em meu coração
Mas não te quero mais"

Talvez a gente pode voltar a perguntar por quê as coisas são assim???

São assim porque devem ser. Não existe alternativa para indiferença, egoísmo. Quando não há o que fazer, só resta uma coisa: Colocar um ponto final de uma vez por todas. Sei que essa é uma alternativa radical (como eu gosto de ser), mas quando se é superficial demais com muitas coisas, principalmente com as coisas do coração, não há por que tentar escrever outras páginas. O tempo não tomou minhas palavras, nem os sentimentos. A gente corre do vazio que sentimos, mas eu vou lhe dar uma dica, eu não, a canção da banda:

"Mas dê um tempo
Pra que seu imenso vazio
Seja tomado
Pela vontade de criar e viver"

E talvez de não escondermos mais nada. A história acabou e estamos a milhas e milhas distante do solo lunar.

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