
Sabe quando a gente se permite a pensar um pouco mais? Sim! um pouco mais que se sentir incomodado como andar na chuva ou achar que tudo está certo. Está tudo certo, tudo dentro da pauta que eu escrevi e do enredo que sigo. É noite de natal e tudo continua igual onde estou. Não me senti triste desta vez, pelo contrário, Sofia filha de um amigo meu, mostrou-me como é lindo e como a vida tem sentido. A cada sorriso, a cada olhar desconfiado e a cada passo dela sentia-me vivo e com vontade de enfrentar todos os desafios. Queria ser como Sofia, sorrir ao ver uma caixa embrulhada, sorrir sem medo da surpresa que pode acontecer e até não me decepcionar se não ganhar o que eu queria. Deixar apenas de lado, olhar desconfiado de novo e correr para os braços de quem nos protege. Na noite de natal abracei algumas pessoas como se fosse a última vez, senti como se fosse a última vez, cantei como se fosse a última vez, rezei também como se fosse conhecer o desconhecido e pensei em nós como se fosse a última vez. Talvez seja a última vez que penso assim. Adormeci cedo, nem me importei em sair ou ligar para alguém, quem eu queria já estava com meu Feliz Natal dado. Sonhei que estava dentro de um ônibus, pela janela vi uma escuridão, quando senti seu abraço pedindo-me um beijo. Olhei novamente e não havia mais escuridão, tudo tinha voltado ao normal. Tudo certo. Quando acordei pensei novamente em Sofia, quis ser criança novamente que, acorda e fica olhando pro teto tentando entender por quê acordei, por quê o teto é branco e como se chama o que vejo e o que sinto. Ver o novo com meu novo olhar e sorrir ao ver o sorriso de quem te ama. Pensei então que ser criança não é simples, é mais duvidoso que ser grande, o problema é que nossa dúvida é medo, enquanto a de Sofia é a descoberta da vida e a dúvida é instigante e emocionante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por comentar, força pra você e a gente se vê por aí