segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Como um vento...


Às vezes o sinto como o vento, sem direção, às vezes frio, às vezes forte, mas por hora sinto apenas uma brisa que vai sem rumo e toca as árvores que estão em minha volta. Para onde o vento vai? Quem sabe se eu souber do destino dele eu possa encontrar algo de interessante.
Eu acredito nas coisas incertas, acredito no céu e nas estrelas, mesmo quando não posso tocá-las. Mesmo quando suas mãos ficam inatingíveis e você toca meu rosto e sinto, mas não vejo. Eu vejo você em sonhos e digo: “Como é bom ouvir sua voz”. Será que você existe? Será que é como o vento? Sinto, mas não te vejo.
Há tempos perdi a inspiração, mal escrevo, mal tenho desejos e ambições, escrevo apenas quando sinto um desejo de querer dizer o quanto te amo, mas hoje, não sei ao certo se, dá onde você está possa ler meus versos ralos e sem sentido algum.
Devia ter chorado mais, gritado mais, ter apontado o dedo para Deus e acusá-lo de roubo, mas do que adiantaria se ele apenas tomou de volta o que me emprestou. Talvez a única injustiça de Deus seja fazer com que as pessoas amem para depois tomá-las de volta. Quem sou eu então para acusá-lo senhor, se sou fraco e sem razão para nada. Não tenho razão nem das coisas que sinto, só sei que tenho sentimentos bons.
Naquela tarde de agosto, meu olhar ficou perdido vendo você desaparecer para sempre. Minhas lágrimas diziam Adeus para a pessoa que mais me amou em toda vida. Todas as manhãs o café estava pronto, as figurinhas em cima da TV e o chocolate que eu tanto gostava estava no travesseiro ao lado. O jornal infelizmente não vai mais estar na minha prateleira e aquele macarrão de Domingo vai ficar na lembrança.
E depois de deixar meu olhar lá dentro contigo, tive que inventar outro, pois ao meu lado desta vez, ficava outra pessoa que me ama e está comigo em todos os momentos da minha vida, principalmente no momento que recebi a notícia da partida dele. Foi preciso perdê-lo para dar importância a cada pensamento.

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