“É preciso ser infeliz de vez em quando, para poder ser natural.”

“Eu te tiro do sério?” essa é a primeira frase do clássico álbum de Alanis Morissette “Jagged Little Pill”, lançado em 1995, o disco vendeu mais de 30 milhões de cópias em todo mundo. Foi um dos mais vendidos de todos os tempos e o segundo da década de noventa. Mas também pudera, músicas boas não faltam ao disco da canadense.
You Oughta Know, Hand In My Pocket, You Learn, Head Over Feet e Ironic fizeram do álbum um sucesso de crítica e público em todo mundo, fazendo de Alanis uma das maiores cantoras de sua geração. Alanis tomou de assalto as rádios e principalmente a MTV. Lembro-me claramente do programa Disk MTV, apresentado pela Cuca e depois por Sabrina Parlatore, onde Alanis sempre estava entre os primeiros colocados da parada musical da emissora.
O Clip de Ironic, onde a cantora interpreta quatro personagens dentro de um carro, ganhou até uma versão “kids”, no lugar de Alanis, uma garotinha interpreta a cantora.
Mas no álbum além dos “singles”, que fizeram de “Jagged Little Pill” um clássico, existem duas músicas que valem a pena serem lembradas, uma delas é Mary Jane, uma canção lenta que fala da vida de uma menina. Alanis interpreta a canção de tal forma que chega a emocionar, e eu que já sou um tanto emotivo fiquei apaixonado pela melodia e pelos versos dessa canção.
Perfect é a música que eu queria ter composto, logo na primeira vez que ouvi já deu vontade de tocar e mandar para alguma pessoa especial. Sou desses caras que ouve algo e lembro-me de alguém e logo em seguida mando a música, tipo músicas do dia sabe?
Gosto dessas coisas, surpreender as pessoas, com um olhar perdido, de ser triste, procurando abrigo ou refugiando-se em dar atenção pra alguém. Talvez até uma coisa meio adolescente, tanto quanto o disco de Alanis, que trás letras auto-analíticas e o pessimismo juvenil. Alanis talvez tenha feito nesse disco frases com efeito de Fernando Pessoa “É preciso ser infeliz de vez em quando, para poder ser natural.”