quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Todos os sonhos do mundo


Às vezes quando me deito fico imaginando e criando formas nos meus sonhos, tentando entender cada um deles. Divido-me, eu e meus sonhos. Gosto de brincar com eles, como o menino Jesus do poema de Fernando Pessoa, que foge do céu e torna-se humano como qualquer outro menino.
Sou como o poema de Mario Quintana:

“Nunca diga te amo se não te interessa,
Nunca fale sobre sentimentos se estes não existem.
Nunca toque numa vida se não pretende romper um coração.”

Não sei ser de outra forma, tenho que ser intenso, tenho que dizer, tenho que gritar às vezes. Mas volto a pensar no que o poeta diz:

"Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!

Muitas pessoas não gostam da intensidade, gostam de amar no silêncio recatado. Mas se eu for ousado, que eu te transmita confiança. E quando eu observar seus olhos, não desvie, nem pisque, pois eu tenho um segredo pra te contar. Um não, talvez eu tenha um segredo e alguns sonhos, destes sonhos, muitos de menino, mas outros de homem que ainda acredita nas palavras simples.
E quando eu me deitar sob a luz do abajur para escrever meus segredos sobre o que sinto por você, que eu mude minha alma de casa, como diria o poeta, mas saiba que volto a ser completo, pois me sinto realmente em casa. Volto a ter todos os sonhos do mundo dentro de mim, pois só assim, volto a amar enfim.

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